
Cardioversão Elétrica
É um procedimento que pode ser feito de maneira eletiva ou em situações de urgência/ emergência, para que o ritmo cardíaco seja reestabelecido em caso de alterações do mesmo – Arritmias.
Consiste na aplicação de uma descarga elétrica, de maneira organizada e em um ambiente seguro (Hospitalar), com o intuito de reorganizar o funcionamento elétrico normal do coração.
Quando o funcionamento elétrico do coração apresenta algum tipo de distúrbio em sua formação/ propagação esse recebe o nome de arritmia –termo utilizado para descrever uma vasta quantidade de diferentes alterações do sistema de condução cardíaco.
O exemplo mais comum das arritmias é a Fibrilação Atrial (FA), que consiste em uma desorganização elétrica nos átrios (porção superior do coração), trazendo diversos problemas ao paciente, principalmente aumentando o risco de insuficiência cardíaca e acidente vascular cerebral. Flutter Atrial, Taquicardia Ventricular e Fibrilação Ventricular são outros exemplos de arritmias que podem necessitar desse tipo de intervenção, cada qual com sua peculiaridade e gravidade.
A Cardioversão Elétrica tem como principal finalidade a reorganização desse sistema de condução, assim como a interrupção de arritmias que sejam potencialmente malignas, com risco de morte, trazendo um melhor funcionamento ao músculo cardíaco, melhorando a qualidade de vida do paciente e os sintomas de palpitações, e reduzindo potencialmente o risco de complicações decorrentes dessas arritmias, como insuficiência cardíaca, acidente vascular cerebral e morte.
O paciente é encaminhado ao hospital com horário previamente combinado. É necessário um jejum prévio (normalmente de 6 horas para líquidos e 8 horas para sólidos. Lembrando que a ingestão de medicações não é considerada quebra do jejum).
Em ambiente controlado, o paciente é previamente monitorizado com controle da pressão arterial, saturação de oxigênio e monitorização cardíaca. Oxigênio é instalado caso necessário, e um acesso venoso periférico é puncionado, para administração de medicações. É então realizada uma sedação leve, para que o paciente não sinta desconforto durante o procedimento.
O procedimento de cardioversão elétrica – sempre realizado por um profissional habilitado e treinado – consiste em uma descarga elétrica aplicada sob o tórax anterior do paciente, utilizando um cardiodesfibrilador elétrico, afim de reestabelecer o ritmo cardíaco.
Após o procedimento o paciente é encaminhado à recuperação e, uma vez acordado, poderá receber alta, sem nenhuma restrição especifica em relação ao procedimento.
O principal risco relacionado a cardioversão elétrica é o de insucesso do procedimento. Quando o ritmo cardíaco não volta à normalidade e o distúrbio elétrico se perpetua.
Outro potencial risco, mas com baixa incidência, é o de acidente vascular cerebral, que pode ocorrer em situação de urgência/ emergência, mas que em situações eletivas, pode ser muito bem controlado, reduzindo suas taxas com o uso correto de anticoagulantes orais e/ou visualização por métodos de imagens (Ecografia), quando esses forem necessários.
Em geral, é um procedimento muito seguro, amplamente utilizado na prática clínica diária e de enorme ajuda no controle das arritmias.
Atendimento
Clínica de Arritmias Dr. Carlos Kalil
Rua Tobias da Silva, 120/611